quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

"Art Deco"

Pintura a Óleo e Spray, 90x90 10/11/2008





Pormenores


sábado, 20 de setembro de 2008

" Um Mundo, Vários Museus " - Veletržní palác











National Gallery's Centre for Modern and Contemporary
"National Gallery in Prague"

Começo aqui uma nova rubrica, desta vez dedicada à apreciação e apresentação de vários museus que vou visitando.


"Veletržní palác", é o museu de arte contemporânea de Praga, que para mim constitui uma enorme surpresa dado a qualidade da colecção disponível como irão poder ver pelo acervo.


Este museu de arte contemporânea possui um espaço gigantesco- foi, quando construido, local para feira internacional, mais tarde e depois de um incendio adaptado para o Museu.


Foi no dia de Portugal- R. Checa que visitei este museu ( jogo de resultado 3-1 a contar para a fase de grupos da fase final do Campeonato da Europa), , como bem vão entender pelas fotos que irei colocar. Localizado num distrito de Praga um poucomais periférico, mas de rápido e fácil acesso, devido à maravilha e pontualidade dos transportes checos, foi sensivelmente 20 minutos da nossa residência que se localizava no lado oposto da cidade. Aparentemente, para quem já estava no 4 dia em Praga ( habituado a uma riqueza arquitectónica típica do barroco e renascimento de elevado teor artístico, em que todos os edificios contam uma historia quase a nivel do século), ao ver o edifício deste Museu não fica de todo entusiasmado, dado ser de fachada moderna o que choca com toda a zona envolvente, destoando com a quase totalidade dos museus em Praga que se inserem-se em edifícios Históricos, o que forma um contraste propositado bastante interessante em relação aos restantes museus no resto da Europa Leste de visão mais clássica. Mas a surpresa começa logo pelo facto que ninguém pensaria que foi construído em 1928 e aparenta ser um edifício de traço moderno, mas ao entrar no mesmo fui a pouco e pouco conquistado pela qualidade da estrutura interna do edifício e a sua estruturação. A cor principal da estrutura é o branco, de formato rectangular, composto de 6 piso muito ao estilo daquilo que chamamos "Functionalism style", possuindo dois espaços principais, um grande pátio interior e outro um pouco mais pequeno, constituindo no total de sensivelmente 4 pisos dedicados á exposição, com excelente quantidade de luz natural dado que todos pisos de exposições são periféricos a uma extensa zona de clarabóia.




A História da Galeria Nacional de Praga começou a ser escrita a 5 de Feveiro de 1796 quando um grupo de notáveis Checos, tais como vários intelectuais de classe médias decidiram começar um projecto que visava fomentar o gosto e interesse pelas novas correntes de arte que por esta altura "inundavam" a Europa, sendo o desejo elevar o espírito da nação atravez de trabalhos de arte e do conhecimento artístico.

A corporação formada, passou a se chamar "Society of Patriotic Friends of the Arts", que posteriormente estabeleceram duas importantes instituições, "Academy of Fine Arts" e a Galeria de imagens da Sociedade Patriotrica dos amigos da arte. Esta Galeria de Imagens foi o que precedeu, aquilo que hoje em dia chamamos Galeria Nacional de Praga. Em 1902, a Galeria de Imagens passou a integrar outra fundação privada de elevada importância, a "Modern Gallery of the Kingdom of Bohemia" ( fundação privada do Imperador Franz Joseph I). A Galeria Moderna então começou a construir o seu núcleo principal no século 20.









A colecção permanente exibe arte dos séculos 20 e 21 em 3 pisos, trabalhos de importantes pintores checos, tais como um dos meus artistas favoritos da "casa" Frantisek Kupka(1871-1957), artistas checos esses que foram na sua maioria influenciados por estilos que naquela época dominavam em todo o resto a europa de ocidental - Faunismo, Cubismo e os Impressionistas em Particular.

Encontramos trabalhos de muitos dos artistas que marcaram a pintura nos ultimos dois séculos, Delacroix, Monet, Renoir, Degas, Gauguin, Van Gogh, Cézanne, Matisse, Schiele, Klimt, Munch, Picasso e Warhol que se encontram disponiveis na colecção permanente desde o século 19, mas tambem a nivel de escultura, havia inumeros trabalhos de maravilhosos escultores tais como Rodin.

Gustav Klimt ( 1862-1918): Pintor associado ao simbolismo, destacou-se dentro do movimento Art Nouveu austríaco, este quadro é do período dourado, nesta fase o pintor experimentou uma mudança de estilo em relação aos seus periodos anteriores, surgem os motivos geométricos repetidos, deixando aparecer apenas algumas partes essenciais realistas, que permitem o seu entendimento, aqui é usada uma cobertura ao estilo bozantino, bastante cerrada como mosaicos, onde o realismo e a abstracção se confrontam. Esta obra










"The Virgins" 2,024×1,913 Gustav Klimt

















Cada artista encontrava-se perfeitamente identificado e inserindo num contexto tanto do ponto de vista temporal e ideologico sendo sempre uma selecção de certos trabalhos "chave" e um respectivo perfil monográficos que facilmente nos apresentava e inseria o artista no seu contexto artístico.



Percorri o museu em cerca de 3 horas, das quais parecem insufecientes para ver tal panoplia de obras, percorri todos os estilos a nivel de pintura, da Arte Contemporânea á Arte Classica, passando por uma exposição temporaria ligada ao título de "Pintura associada ao movimento" onde vi ideias e conceitos muito interessantes de artistas que curiosamente eram em grande parte de origem Italiana tais como...........

A quantidade e representatividade de obras de outros artistas de renome foi uma agradavel surpresa, tais como a sala de Picasso, onde tinhamos obras dos varios periodos do mesmo ( periodo clássico, periodo azul, periodo cubista, etc...), George Braque, Paul Klee entre muitos outros.



Este museu já possui um historial de mais de 2000 exibições, variando entre arquitectura, mobília, moda, design, fotografia e pintura que são e foram mostrados no total de 13.500 m2.







Encontrei no terceiro piso, na área das exposições temporárias, uma colecção de arte associada ao movimento, colecção esta de elevada qualidade artística, cheia de novas técnicas e novos pontos de vista na exploração da Arte Optica e da Arte associada ao movimento. Deixo aqui várias tecnicas e varias ideias que achei bastante interessantes:

















































































































































































































































































Em especial gostei dos trabalhos do reputado Ferruccio Gard, um dos mais conhecidos e reputados exponentes da arte abstrata. Ferruccio já teve mais de 130 exposições individuáis e mais de 200 em exposicções colectivas em Museus e Galerias de todo o mundo, da China, Japão, Estados Unidos, Australia, Suecia, e a lista continua...

















Já foi convidado para 5 Bienais Internacional de Veneza ( 1982-1986-1995-2007-2009) e na 11º Quadriennale Nazionale de Roma (1986). Foi convidado a participar na exibição mais importante de sempre de Italianos do cenário da Arte Abstrata " Astratta: Secessioni Astratte in In Italia dal dopoguerra al 1990" organizada por Giorgio Cortenova e Filiberto Menna. Desde 1973 trabalha e vive em Veneza, com o seu estudio no Lido, tem estado no activo á já 30 anos, e após o seu inicio no campo do surrealismo e do campo metafísico, caracterizado por figuras geométricas, seguindo uma evolução coerente e em 1978, entrou no campo da art programada, neo-construtivismo, "Gestaltic-Art" que é a nova vertente artística que se baseia na maneira da percepcção e interpretação psicologica da teoria da forma. Dentro deste campo continuou a experimentar a relação das formas com a luz, espaço e forma, até ao cromatismo e a percepção visual.


































Ferruccio Gard





































Ferruccio Gard









Alberto Biasi, "Visual Triangular Dinamics" 1965-1978










Alberto Biasi, "Circular Dyamics", 1962-1965






Alberto Biasi







Alberto Biasi




Alberto Biasi




Alberto Biasi












Recomendo vivamente a todos os viajantes que se interessam pelas artes, este museu como ponto obrigatorio a qualquer visita a Praga.


Informações uteis:


Morada:Veletrzni Palace (Trade Fair Palace), Dukelskych hrdinu 47, Prague 7 - Holesovice, situado na esquina de Dukelských hrdinů com VeletržníTransportes:Tram 5, 12 or 17 to Veletržní or metro red line C to Vltavská

Telefone:+420 224 301
Web: http://www.ngprague.cz/Horário: Todos os dias das 10.00 ás 18.00, excepto Segundas
Preços:http://www.prague.net/veletrzni-palaceMapa: http://www.ngprague.cz/120/detail-mapa/map/

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

"A Origem da Vida"

Pintura a Óleo, Sequência de 5 quadros, 40x40 2/9/2008








sábado, 2 de agosto de 2008

Directório de Arte ( Agosto)

Sol LeWitt (Hartford, 9 de setembro de 1928 — Los Angeles, 8 de Abril de 2007) foi um artista estadunidense de arte minimalista.


Um dos principais protagonistas da arte minimalista, Sol Lewitt criou, nos anos 60, estruturas compostas de elementos cúbicos ou derivadas do cubo, em variações organizadas sobre uma grade. Eram volumes simples, que convidavam o espectador a reconstruir o retrato mental das variações possíveis de uma dada figura. Lewitt trabalhou, em seguida, com murais nos quais detalhou as relações entre concepção e percepção, superfície e volume. Enquanto análise dos princípios fundamentais do desenho, essas obras refletem a lógica das permutações e variações. A partir do final dos anos 70, o artista concentrou-se em seus "Desenhos Murais", cada qual concebido para um local específico e refletindo as lições que ele extraiu dos afrescos da Renascença italiana e do disegno. As cores tornaram-se mais dominantes nessas obras e as figuras isometria foram tratadas como formas tridimensionais achatadas. Desde o início de sua carreira, Sol Lewitt dedicou-se a mudar nossa compreensão das convenções pela alteração de nossos sentidos.

O artista norte-americano Sol LeWitt, um dos principais nomes da arte conceptual, faleceu no domingo em Nova Iorque, vítima de cancro.LeWitt, de 78 anos, nasceu em Hartford, numa família de imigrantes russos, formou-se na Universidade de Syracuse, Nova Iorque, e viveu nos últimos 20 anos em Chester, no estado de Connecticut.Muito do seu trabalho artístico baseou-se em variações com esferas, triângulos, cubos e outras formas geométricas. Na opinião da crítica, o artista contribuiu, com a sua obra, e em particular com os desenhos murais, para uma reavaliação das relações entre os conceitos e os materiais.








Sol LeWitt, um dos ícones da arte minimalista, morreu na manhã do último domingo em Nova York aos 78 anos, após anos lutando contra um câncer.

Obra de arte "Wall Drawings" pelo artista americano minimalista Sol LeWittO artista é considerado um dos mais importantes dos Estados Unidos. Seus primeiros trabalhos lançaram as bases para as novas linguagens da arte minimalista e conceitual. O texto de sua autoria, "Sentences on Conceptual Art" (uma lista com 35 frases que publicou em 1969) virou um guia para a nova arte da época.

Visitante olha obra de arte "Wavy Brushstrokes" do americano Sol LeWittSuas estruturas, derivadas de elementos do cubo, e os seus desenhos reconstruíam a idéia de espaço e de volume das figuras, redefinindo os parâmetros da arte durante os anos 70. As obras de arte continuam a influenciar os artistas das novas gerações pela simplicidade com que é realizada e pela aura metafísica que possuem.LeWitt nasceu em Hartford, no Estado norte-americano de Connecticut, em 1928. Filho de judeus, seu pai era médico e sua mãe, uma enfermeira, ambos vindos da Rússia. Ele começou a estudar arte porque "não sabia o que fazer. Era algo de que eu gostava", disse LeWitt em uma entrevista

Arte conceptual, Conceptual art:
A Arte conceptual (ou arte conceitual), define-se como o movimento artístico moderno ou contemporâneo que defende a superioridade das idéias veiculadas pela obra de arte, deixando os meios usados para a criar em lugar secundário. O artista Sol LeWitt definiu-a como:

Em arte conceptual, a idéia ou conceito é o aspecto mais importante da obra. Quando um artista usa uma forma conceptual de arte, significa que todo o planejamento e decisões são tomadas antecipadamente, sendo a execução um assunto secundário. A ideia torna-se na máquina que origina a arte.





Esta perspectiva artística teve os seus inícios em meados da década de 1960, parcialmente em reação ao formalismo, sendo depois sistematizada pelo crítico nova-iorquino Clement Greenberg. Contudo, já a obra do artista francês Marcel Duchamp, nas décadas de 1910 e 1920 tinha prenunciado o movimento conceitualista, ao propor vários exemplos de trabalhos que se tornariam o protótipo das obras conceptuais, como os readymades, ao desafiar qualquer tipo de categorização, colocando-se mesmo a questão de não serem objetos artísticos.
A arte conceitual recorre frequentemente ao uso de fotografias, mapas e textos escritos (como definições de dicionário). Em alguns casos, como no de Sol Lewitt, Yoko Ono e Lawrence Weiner, reduz-se a um conjunto de instruções escritas que descrevem a obra, sem que esta se realize de fato, dando ênfase à ideia no lugar do artefato. Alguns artistas tentam, também, desta forma, mostrar a sua recusa em produzir objectos de luxo - função geralmente ligada à ideia tradicional de arte - como os que podemos ver em museus.
O movimento estendeu-se, aproximadamente, de 1967 a 1978. Foi muito influente, contudo, na obra de artistas subsequentes, como no caso de Mike Kelley ou Tracy Emin que são por vezes referidos como conceptualistas da segunda ou terceira geração, ou pós-conceptualistas.


A arte conceitual é aquela que considera a idéia, o conceito por trás de uma obra artística. como sendo superior ao próprio resultado final, sendo que este pode até ser dispensável.
A partir de 1960, essa forma de encarar a arte espalha-se pelo mundo inteiro, abarcando várias manifestações artísticas.
Entretanto, desde Duchamp podem ser percebidos os primeiros indícios da sobrevalorização do conceito.
DUCHAMP (Marcel), pintor francês (Blainville, 1887 – Neuilly-sur-Seine, 1968). Inicialmente influenciado pelo cubismo, teve depois participação importante no movimento dadá e no surrealismo. Tendo-se fixado nos E.U.A., dedicou-se à "antiarte" e em 1914 criava o primeiro ready-made. Suas pesquisas viriam a exercer influência na "pop-art".
Um trabalho de arte conceitual, em sua forma mais típica, costumava ser apresentado ao lado da teoria. Pôde-se assistir a um gradual abandono da realização artística em si, em nome das discussões teóricas.
Países como a Inglaterra (que historicamente se mantivera avessa às discussões teóricas quando o assunto era arte) foram grandes focos desse novo modelo. Publicações, como "Art and Language", do grupo liderado por Victor Burgin e John Stezaker, eram bastante influentes.
O uso de diferentes meios para transmitir significados era comum na arte conceitual. As fotografias e os textos escritos eram o expediente mais comum, seguida por fitas K-7, vídeos, diagramas, etc.
Nos Estados Unidos, temos as figuras de Lawrence Weiner e Robert Barry, como importantes expoentes do novo estilo.
Joseph Kosuth também é considerado um dos líderes do movimento no país. É bastante conhecido seu trabalho "One and Three Chairs", que apresenta uma cadeira propriamente dita, uma fotografia de uma cadeira e uma definição extraída do dicionário sobre o que seja uma cadeira.
"A Arte como idéia", em que dá definições de pintura divididas em itens sobre um fundo negro, é outro bom exemplo de trabalho conceitual.
Os artistas não se incomodavam em evitar as trivialidades, em criar elementos que tornassem interessantes suas composições ou realizar composições agradáveis ao olhar.
Pelo contrário, era preferível que nada desviasse a atenção da idéia que um trabalho deveria expressar.
Alguns artistas iam mais longe, afirmando que essas imagens triviais poderiam refletir a própria superficialidade de quem as observa.
Utilizando-se de imagens comuns, como por exemplo, a cadeira de Kosuth, em que pode se argumentar não ter acrescentado nada ao conhecimento de qualquer pessoa, acostumada com uma cadeira, não costumava ser bem recebida pelo público.
Além disso, o problema maior era que, não acrescentando nada, essas experiências fora do eixo convencional tornavam difícil o julgamento do que era realmente uma obra de arte ou simples amadorismo.
Entretanto, grande parte dos artistas conceituais tinham por objetivo, com esse tipo de procedimento, realizar exatamente o contrário: popularizar a arte, fazer com que ela servisse como veículo de comunicação.
Seria uma oposição ao hermetismo do minimalismo e à redução da arte às relações, por exemplo, entre forma e pigmentação.
Na verdade, servindo-se de textos abstratos, normalmente aproveitando-se da lingüística ou da filosofia, acabam por possivelmente aumentar o hiato entre o artista e o grande público