sábado, 30 de maio de 2009

Directório de Arte ( Junho)

Os quadros mais caros de sempre:

- "Retrato de Adele Bloch-Bauer", Gustave Klimt 138 Milhões de Dólares
- "Muchacho con Pipa", Picasso 104,1 Milhões de Dólares em 2004
- "Dora Maar con Gato", Picasso 95 Milhões de Dólares, Abril de 2008
- "Doutor Gachet", Vicent Van Gogh, 82 Milhões de Dólares, Maio de 1990
- "Au Moulin de la Galette", Renoir 78,1 Milhões de Dólares Maio de 1990
- "A Matança dos Inocentes", Peter Paul Rubens, 76, 7 Milhões de dólares 2007
- "Auto-Retrato sem Barba" Van Gogh 71,5 Milhões de Dólares
- "Rideau", Paul Cézanne 60,5 Milhões de Dólares Maio de 1999
- "Mujer con los Brazoz Cruzados" Picasso, 55 Milhões de Dólares, Novembro de 2000
10º - "Lírios" Van Gogh 53,9 Milhões de Dólares em 1987


"Retrato de Adele Bloch-BAuer", Óleo e Ouro sobre Tela (138x138 cm)

Pintura de Gustave Klimt, comprado pelo magnata dos cosméticos Ronald S. Lauder que pagou 135 milhões de Dólares, cerca de 107 Milhões de Euros.
Óleo e Ouro sobre Tela ( 138x138 cm), de 1907: riqueza de detalhes inspirada em mosaicos bizantinos na obra mais cara do mundo. Acervo da Neue Galerie, Nova York.
Criticado pela alta dose de sensualidade de seu trabalho, Gustav Klimt ( 1862-1918) tornou-se um dos mais importantes pintores do mundo. Sua obra Retrato de Adele Bloch-Bauer I (1907) foi vendida em junho à NEue Galerie, de Nova York, pelo mais alto preço já pago por uma pintura; 135 milhões de dólares. Confiscado pelo regime nazista em 1938, o quadro retornou este ano à família. Influenciada pelos mosaicos bizantinos de Ravena, na Itália, a obra é da fase dourada do pintor, a mesma de "O Beijo" (1908), símbolo da secessão vienense, que como a art nouveau, deu ênfase ao ornamental. Sob inspiração da escola impressionista, Klimt pintou também paisagens. Ele deixou vários quadros inacabados. Gustav Klimt nos século XIX-XX, espantou a Áustria com seus retratos sensuais de mulheres, foi também marcado pelo trabalho de outro vienense ousada: Sigmund Freud ( 1856-1939). O neurologista abriu em 1891 o consultório que ocuparia por quase meio século na capital austríaca. Ali surgiriam o termo psicanálise, o conceito de inconsciente e se começaria a falar da importância do prazer sexual durante toda a vida para se chegar ao desenvolvimento saudável. O assunto até então, era tabu. Klimt foi o segundo dos sete filhos de um cinzelador de metais preciosos, nasceu na pequena Baumgarten, perto de Viena. Aos 14 anos ingressou na Escola De Artes Decorativos da capital austríaca e aos 21 montou o seu estúdio. Pintou murais em vários prédios públicos, como o Teatro Municipal e o Museu Histórico da Arte de Viena. NUnca se casou, mas teve três filhos. Amava as mulheres, como se porde constatar em sua obra, que as mostra altivas e sensuais. Morreu em 1918 de derrame cerebral.....


"Garçon à la Pipe", Pintura a Óleo (100cm x 81.3cm) de Pablo Picasso
Quadro de Papblo Picasso, que em 2004 foi adquirido por 104,1 Milhões de Doláres.
Garçon à la Pipe (Boy with a Pipe), quadro de 1905 quando Picasso possuia 24 anos de idade, durante o seu período Rosa, quando se alojou na área de Montmartre ( Paris - França). Este quadro representa um rapaz Parisiense segurando uma pipa na sua mão esquerda.


"Dora Maar au Chat", Óleo 128.3 cm x 95.3 cm de Pablo Picasso

Quadro retrata Dora Maar, a amante do pintor, sentada numa cadeira com um pequeno gato aos seu ombros, 75,4 milhões de euros foi o preço a que foi leiloado em abril de 2008.
Dora Maar, a mulher que chora.............., foi uma fotógrafa, poeta e pintora Francesa Henriette Theodora Markovich, descendente de croatas. Doi a quarta das sete mulheres de Picasso, cuja relação demorou aproximadamente nove anos. Tornou-se famosa aos olhos do mundo por ser uma das amantes de picasso. Conheceu-a quando já tinha 50 anos, ainda casado com Marie-Thérése, e desde logo ficou fascinado por ela. Não era caso para menos....Senhora de um cabelo muito preto e olhos da mesma cor, era uma mulhe3r fascinante e seguramente a mais bela de todas as companheiras de Picasso- Dora MAar, a mulher que chora - os retratos que lhe pintou pura e simplesmente não fazesm jus á sua beleza. Mas Dora Maar, foi não só a mais bela como também a mais inteligente e a mais culta de todas. Foi uma fotógrafa talentosa que abraçou o Surrealismo sensivelmente na mesma altura do romance com Picasso embora a sua arte não se tenha esgotado aí. Teve uma vida longa e proficua e não merece ser lembrada como apenas (mais) uma das suas amantes.....
Foi um desconhecido, sentado ao canto da sala, arrematou numa quarta-feira à noite, no leilão da Sotheby's em Nova Iorque, a segunda pintura mais cara de sempre. Dora Maar com Gato, de Pablo Picasso, foi-lhe vendida por 95,2 milhões de dólares (75,376 milhões de euros).

Propriedade dos Gidwitz de Chicago, conta o The New York Times, o retrato da artista e amante de Picasso foi pintado em 1941 e tinha uma base de licitação de 50 milhões de dólares. A leiloeira garantira à família 53 milhões, independentemente do resultado da venda.
O retrato ocupa agora o segundo lugar no ranking, depois de Rapaz com Cachimbo (1905), também do pintor espanhol, ter atingido 104,1 milhões de dólares (85,5 milhões de euros ao câmbio de então) na venda da colecção Whitney, feita pela Sotheby's há precisamente dois anos. Em terceiro lugar está Retrato do Dr.Gachet (1890), de Van Gogh, que a Christie's vendeu em 1990 por 82,5 milhões de dólares.
Dora Maar com Gato, acrescenta o El País, foi autenticado pela filha do artista, Maya Widmaier Picasso. O seu interesse reside não só na qualidade da composição e nas dimensões (130x97 centímetros) como no facto de não aparecer no mercado há mais de 40 anos.
A obra pertencia à família de Ron Gidwitz, filho do fundador dos cosméticos Helen Curtis, homem de negócios bem sucedido e derrotado nas primárias republicanas para a corrida ao cargo de governador.
Ainda segundo o The New York Times, o misterioso comprador - que "soava a russo", disseram várias testemunhas - adquiriu igualmente Perto de Monte-Carlo, uma marinha de Monet de 1883 (por quatro milhões de euros) e Paraíso, de Chagall (dois milhões de euros).
Neste leilão foi quebrado o recorde de Matisse, com um Nu Reclinado de 1927 arrematado, ao telefone, por 14,5 milhões de euros. Harlequim com Bastão (1969), de Picasso, atingiu quase oito milhões de euros. E o Museu Metropolitan, de Nova Iorque, vendeu outro Picasso, Mulher Sentada em Cadeirão (1960), por 5,3 milhões de euros. A aguarela Telhados (1882), de Van Gogh, foi transaccionada por 3,7 milhões de euros, e Flores e Frutos (1889), de Renoir, por 2,2 milhões de euros.

"Retrato de Dr. Gachet", Óleo em tela de Vicent Van Gogh 67 x 56 cm 1890

Longe de ser o meu favorito, este está avaliado em qualquer coisa como 129,7 milhões de dolares, em 1990 custou 82.5 Milhões de Dólares. A história deste quadro tem o retrato do Dr.Gachet, especialista em doenças do coração de Auvers-sus-Oise recomendado ao irmão pelo pintor Pissarro, Van Gogh gostava do homem, que era tambem colecionador de arte e artista amador. O retrato do médico pintado por Van Gogh é um impressionante estudo deste homem melancólico, cuja expressão, disse o pintor, poderia parecer uma careta para muita gente que visse a tela, mas ele sabia ser a de uma alma triste mas gentil, estimada e inteligente. Nâo se trata de um retrato por semelhança "fotográfica", mas sim de uma imagem impetuosa, recorrendo á cor como meio de expressão e como forma de engrandecer o carácter, procurando penetrar psicologicamente para revelar a alma do retrato. Esta obra encontra-se no Musèe d´Orsay.

Dizia o próprio Van Gogh: " Estou a trabalhar no seu retrato; usa um boné branco, é muito loiro, muito claro, mesmo a pele das suas mãos é muito rosada; veste um casaco azul; o fundo é Azul-Cobalto; está apoiado numa mesa vermelha"

"Le Bal du Moulin de la Galette", Pierre-Auguste Renoir, Óleo sobre tela, 131 x 175 cm, Museu de Orsay Paris

78.1 Milhões de Dólares em Maio de 1990

É uma píntura realizada a óleo sobre tela e 1876, pelo impressionista françês Renoir, consagrada com um marco da pintura impressionista. O quadro foi pintado em Paris, em Montmartre, e tem como tema, um bem frequente na pintura impressionista e que, aliás, está na base do movimento: o quotidiano burguês. Esta pintura é, indubitavelmente, a mais célebre e significativa obra de Renoir. Foi exibida pela primeira vez no SAlon em 1877, na exposição dos impressionistas. Ainda que o rosto de alguns dos seus amigos apareçam na imagem, a internção de Renoir era captar a vivacidade e a atmosfera alegre desta popular dança de jardim no Butte Montmartre, nas imediações do Moulin, hoje celebrizado pela tela. O estudo da multidão em movimento, a inclusão lumínica natural e artificial e outros efeitos, foram concretizados um tanto desfocada da cena, capta algumas críticas negativas desde o seu tempo até á actualidade. A Interpretação da vida popular parisiense, com o seu estilo inovador e formato imponente, assina a ambição artística de Renoir. A descontração das personagens, a sombra imposta pela copa das árvores, os resquícios de luz natural que recaem sobre os vestidos das senhoras e os chapéus dos senhores em primeiro plano, e tantos outros elementos neste quadro, tornam-nonuma das prinicipais obras-primas do Impressionismo.

A Obra foi adquirida por Gustave Caillebotte que a deixou ao estado francês, juntamente com toda a sua colecção. Porém, Renoir fez uma pequena cópia desta tela, que se tornou numa das telas mais caras alguma vez vendidas.


"O Massacre dos Inocentes", Óleo sobre Madeira, 1636-1638, Alte Pinakothek Munique, Alemanha

O artista barroco Peter Paul Rubens, com a Matança dos Inocentes, vendida em julho de 2002 por 60.176.177.81 euros, retrata uma cena biblica com muito influência Rococo.
PEter PAul Rubens ( 1577-1640) foi um pinto flamengo inserido no contexto do Barroco. Com ínfimos pormenores e minuciosos detalhes contemplou Rubens a maioria das suas pinturas. Cenas Bíblicas como esta foram retratadas pormenorizadamente pelo criador maior do rococó. O terrivel massacre relatado por São Mateus é uma das mais tardias obras-primas de Rubens. A acção desenrola-se entre três distintos grupos e uma mística figura central, sem grupo defenida.

Auto-Retrato Van Gogh

Vendido em 1998, sendo o valor da venda 71 Milhões deDólares ( valor corrigido 94.6 Milhões de Dólares). Vicent fez vários auto-retratos, mais de 30, este trata-se do seu último auto-retrato feito pelo artista, quando ele se recuperava de um surto psicótico num asílio em Ste.Rémy, no sul da França. O quadro foi oferecido á sua mãe, Anna Cornelia van Gogh pelo aniversário de 70 anos. Além de retratar-se sem barba, ele o fez com uma expressão mais serena, como que quisesse passar um atestado de sanidade mental para a mãe. O pintor holandês entrou na história como um herói romântico, um gênio torturado e incompreendido em seu tempo. O auto-retrato sem barba de 1889 entra para a galeria dos quadros mais caros do mundo.

Neste auto-retrato produzido em Saint-Rémy durante o pior período de seu tratamento. Van Gogh expressa a mudança pela qual passava, os tons baços de sua solidão substituindo cores intensamente ensolaradas de de seus quadros anteriores. Este foi vendido pela Chistie´s por 71,5 milhões de dólares em novembro de 1998. Arrematado por um colecionador que preferiu ficar no anonimato. O lance vitorioso foi feito por telefone para a casa de leilão

"Rideau, Cruchon et Compotier", 1893 obra de Paul Cézanne 60.5 Milhões de dólares em Maio de 1999, 60 x 73cm

"Mujer con los brazos cruzados" Pablo Picasso

Em Novembro de 2000 custou 55 Milhões de Dólares . O artista como anteriormente referido nunca se cansou de retratá-las sem suas obras. Sua vida amorosa era farta e criativa. Dividida entre a fotógrafa Dora Maar e a sempre regra três MArie-Thérése Walter. Em 1942, trocou Dora Maar por Françoise Gilot, 19 anos mais jovem que ele. Como no final dos anos 20 e meados dos anos 30, a sua preferida era Marie Thérése, foi a fonte de inspiração para a tela "O Sonho", que actualmente ocupa a 10 posição nos quadros mais caros do mundo. Píntura da fase azul, caracterizam-se, não só pelos tons monocromáticos, mas também por abordar temas sobre a pobresa, religião, sexo e morte.

Lírios, Van Gogh

Preço de 53,9 Milhões de Dólares em Novembro de 1987

Este quadro encerra a lista dos dez mais caros

domingo, 24 de maio de 2009

" Um Mundo, Vários Museus "- Musée d'Orsay

O Museu de Orsay ( musée d`orsay em francês) é um museu na cidade de Paris. Situa-se na margem esquerda do rio Sena no VII arrondissement. As colecções do museu apresentam pínturas e esculturas da arte ocidental do período compreendido entre 1848 e 1914. Entre outras, estão aí presentes obras de Van Gogh, Monet, Degas, Maurice Denis, Odilon Redon.

O facto deste Museu ter sido instalado numa antiga estação de comboio parece que foram feitos um para o outro, devido á beleza da mesma, a maneira como a luz se propaga devido ao tecto vidro que foi preservado da antiga estação, tal como o seu relógio. È uma experiência emocionante ir percorrendo todo este imenso espaço com um "pé-alto enorme", contornando as magnificas esculturas

História:

O Edífício, que actualmente alberga o museu, era originalmente uma estação ferroviária, Gare de Orsay, construída para o Chemin de Fer de Paris à Orléans. Foi inaugurado em 1898, a tempo da Exposição Universal de 1900. O projecto foi do arquitecto Victour Laloux. Em 1939, deixou de ser o terminal da linha que ligava Paris a Orleães devido ao comprimento reduzido do cais, passsando a ser apenas uma estação da rede suburbana de caminhos de ferro; e mais tarde, durante a segunda guerra mundial serviu de centro de correios. A estação foi fechada a 1 de Janeiro de 1973.Em 1977, o Governo Francês decidiu transformar o espaço num museu. Foi inaugurado pelo presidente de então, François Mitterrand, a 1 de Dezembro de 1986. Os Arquitectos Renaud Bardon, Pierre Colboc e Jean-Paul Philippon foram os responsáveis pela adaptação.

As Colecções do museu provêm essencialmente de três locais:
. do museu do Louvre, as obras de artistas nascidos a partir de 1820, ou que tenham emergido no mundo da arte com a Segunda República;
. do museu Jen de Paume, as obras impressionistas desde 1947;
. do Museu de arte moderna de Paris, as obras mais recentes.

Estas colecções abrangem várias vertentes das artes plásticas tais como a pintura, a escultura, a fotografia entre outras.

Vários pintores se encontram representados no acervo deste museu deixo aqui alguns nomes Pierre Bonnard, Eugène Boudin, Gustave Caillebotte, Paul Cézanne, Camille Corot, Gustave Courbet, Honoré Daumier, Edgar Degas, Eugène Delacroix, Henri Fantin-Latour, Antoni Gaudí, Paul Gauguin, Vincent van Gogh, Hector Guimard, Jean-Auguste-Dominique Ingres, Gustav Klimt, Édouard Manet, Henri Matisse, Jean-François Millet, Piet Mondrian, Claude Monet, Gustave Moreau, Berthe Morisot, Edvard Munch, Nadar, Camille Pissarro, Pierre Puvis de Chavannes, Pierre-Auguste Renoir, Auguste Rodin, le douanier Rousseau, Paul Sérusier, Georges Seurat, Paul Signac, Alfred Sisley, Henri de Toulouse-Lautrec, James McNeill Whistler

E agora vários escultores François Rude, Jules Cavelier, Jean-Baptiste Carpeaux, Auguste Rodin, Paul Gauguin, Camille Claudel and Honoré Daumier

O museu de Orsay abriga a maior coleccção de impressionista, além de apresentar todas as manifestações artísticas ( arquitectura, pintura, escultura, fotografia, etc….) compreendidas entre 1848 e 1914. O público conhece também o singular carácter do edifício: uma estação de comboio inaugurada dia 14 de Julho de 1900 no quadro da Exposição Universal.O Orsay representou, desde o início, um duplo desafio: arquitetônico em primeiro lugar, porque ninguém jamais transformou uma estação em museu; museográfico em seguida, porque se tratava de reunir e apresentar em um único lugar todos os aspectos de uma época ainda muito pouco conhecida compreendendo um curto espaço de tempo (sessenta anos) e de uma criação artística abundante com ramificações em todas as direções: pintura, música, artes gráficas, arquitetura, fotografia, artes decorativas, música e cinema.

Uma metamorfose arquitetônica:

Da estação ao museu, o percurso foi longo, pitoresco e cheio de armadilhas. Construída em Paris no final do século passado pelo arquiteto Victor Laloux, a estação de Orsay havia sido inaugurada em 14 de julho de 1900, por ocasião da Exposição Universal. Organizada em torno de estruturas metálicas mascaradas por uma fachada de pedras talhadas, ela era a primeira estação criada em função da tração elétrica. Mas, quarenta anos mais tarde, suas plataformas haviam-se tornado curtas demais e progressivamente a estação foi sendo abandonada.

Grande nau abandonada, a estação no entanto inspirou os criadores: em 1962 Orson Welles rodou ali O Processo, do romance de Kafka, e a companhia teatral Renaud-Barrault instalou nela seu capitel, em 1972. Sua classificação em 1978 como monumento histórico salvou-a da demolição. Sem dúvida, esse admirável testemunho de uma arquitetura de ferro de outras épocas foi beneficiado pelos protestos suscitados pela destruição em 1971 dos antigos HalIes de Paris, em vista da construção do Centro Georges-Pompidou.

Para a direção dos Museus da França, que procurava um novo local para suas coleções de impressionistas e pós-impressionistas, muito comprimidas no Museu do Jeu de Paume, o Orsay, situado às margens do Sena e quase em frente ao Louvre, era o local ideal. Em 1977, a decisão de dedicar a estação e seu hotel de luxo à arte da segunda metade do século XIX e no início do XX foi tomada pelo presidente Valéry Giscard d’Estaing, confirmada em 1981 por seu sucessor, François Mitterrand.

Uma equipe de três arquitetos franceses, sob a orientação da italiana Gae Aulenti, encarregada em 1981 da reforma interna do museu e de todo seu mobiliário, aceitou o enorme desafio de transformar a estação em museu, inaugurado com grande pompa em 1o de dezembro de 1986.

A surpresa foi enorme quando surgiu a imensa nave de Laloux, cujo comprimento - 138 metros - por 32 de altura e 40 de largura, ultrapassa o da Notre-Dame de Paris. Foram suas dimensões excepcionais que permitiram a transformação radical do museu, corno explicou Françoise Cachin, primeira mulher a dirigir um museu dessa importância e que iria se tornar em 1994 diretora dos Museus da França. O Orsay seria "uma plataforma internacional das artes do século XIX", "um grande museu de época, mais do que um simples museu de arte. Sem o edifício, um intento dessa amplitude não teria sido concebido".

Fabulosa amplitude, de fato, porque embora a coleção dos impressionistas que atravessou o Sena continue sendo a rainha do museu, irradiante sob a luz zenital do terceiro andar, numericamente ela representa apenas uma pequena parte de seu acervo. Para constituir e enriquecer as coleções do Orsay, fez-se urna exploração das reservas do Louvre e do antigo Museu de Arte Moderna, desempoeirando obras esquecidas há décadas - inclusive os "bombeiros*" tão depreciados - e contou-se com numerosas doações e uma activa política de compras abrangendo todas as artes do século XIX na França, na Europa e até nos Estados Unidos.

Mas, na realidade, onde começa "a arte do século XIX"? A pergunta agita muito o mundo dos museus, e quando a data de 1848 (Revolução e advento da IIª República) foi finalmente escolhida pelo presidente François Mitterrand, os conservadores do Louvre soltaram um "ufa" de alívio: eles poderiam ficar com suas grandes telas de Delacroix! Quanto ao final do percurso, no que diz respeito à pintura ele está situado em 1904, com o magnífico Luxe, Calme et Volupté de Matisse, o restante continuando a ser atributo do Museu de Arte Moderna do Centro Georges-Pompidou. Mas, para o mobiliário e os objetos de arte (mais a fotografia, o cinema e a música), foi escolhida a data de 1914, o que permitiu a apresentação de uma soberba coleção de Art Nouveau, francesa e estrangeira.


Inovações importantes marcaram a concepção do Museu de Orsay: em primeiro lugar o espaço considerável cedido à escultura, suntuosamente instalada no térreo da grande nave central e em outras salas do nível intermediário, criado a cinco metros do solo. Em seguida, a criação de um departamento de fotografia muito desenvolvido e o surgimento, nesse panorama pluridisciplinar das artes do século XIX, do cinema e da música.


Logo que foi inaugurado, o Orsay suscitou inflamadas críticas. Gae Aulenti foi acusada de haver concebido uma necrópole faraônica e os conservadores de haver mesclado o melhor e o pior. Mas o público fez outro julgamento: 4 milhões de visitantes por ano nos dois primeiros anos, número que caiu entretanto com a abertura do Grand Louvre chegando, apesar de um "pico" de 3,3 milhões em 1993, ano da apresentação de Barnes, a 2,3 milhões em 1995.

Dezoito exposições temporárias apresentadas em dez anos (inclusive as dedicadas ao norueguês Edvard Munch, ao americano Whistler ou ainda à "Europa dos pintores") permitiram principalmente que fossem apreciadas as escolas estrangeiras mal conhecidas do grande público. O Orsay também especializou-se na apresentação de pequenas "exposições-dossiês" onde se destaca a vocação documentária e histórica do museu.

O Orsay pode tambem orgulhar-se de ter sido o primeiro museu a ser dotado de um serviço cultural encarregado de fazer a ligação entre o público e as obras, com um esforço particular em relação á recepção aos jovens e um lugar importante para o audiovisual, bem como para as novas tecnologias da informação.


O acervo do Museu de Orsay:

As colecções do Orsay compreendem 3.000 pinturas, 360 pastéis, 10.000 desenhos, 14.000 projetos arquitetônicos, 2.400 esculturas, 1.300 móveis e objetos de arte e 31.000 fotografias. Entre as obras primas mais conhecidas do museu estão:

"Déjeuner sur l’Herbe", O Almoço sobre a relva ou O piquenique no bosque, óleo sobre tela de Édouard Manet, pintado entre 1862 e 1863, 208 x 264,5 cm. Mostra uma modelo nua em posição provocatória e sensual, este quadro provocou o escândalo da sociedade mais conservadora, quando da sua exibição.
"Olympia", óleo sobre tela de Èdouard Manet 1832-1883, pintada em 1863 mas só apresentada ao público em 1865, causou reações contrárias mais fortes que "Almoço na relva". Era um retrato de uma prostituta nua e havia uma referência audaciosa à obra de Ticiano ( Vênus de Urbino). A modelo novamente foi Victorine Meurent retratada nua e ao seus pés um gato negro ao invés de um cachorro como no quadro de Ticiano. Em uma atmosfera rótica havia também falta de perspectiva.

"Enterrement à Ornans", óleo sobre tela, 315 cm x 660 cm, Gustave Courbet, pintado em 1851, em que está representado o funeral do tio-avõ de Courbert´s, exibido em 1851 no "Paris Salon" criando uma reacção explosiva e trouxe Courbet para a fama instantânea.

"Atelier de Coubert", no "O Atelier do Artista", este foi o quadro mais ambicioso de Courbet, o seu maior "testamento" onde mostra que nunca gostou dos arranjos convencionais, com as figuras cuidadosamente inseridas numa disposição ilusória, e unindo seus conhecimentos de equilíbrio e unidade total da tela, o artista consegui criar uma composição inovadora utilizando-se de sua habilidade no tratamento da luz e da sombra.

"La Famille Belleli", Edgar Degas (1834-1917), 200 cm x 250cm, impressionista françês, conhecido por ser um mestre no desenho de figuras humanas em movimento. Degas sempre trabalhou em varios meios, preferindo pastel. È o pintor mais conhecido com os temas das bailarinas ( por vezes em esculturas) e cavalos. Seu trabalho focou-se no movimento e expressão e a harmonia da linha do desenho e o seu contorno.

"La Danseuse Habillée" escultura de Degas

"La Femme à la Cafetière", a modelo de este quadro ainda não foi a 100% confirmado por provas, mas é provavelmente uma das empregadas de Jas de Bouffan, sua casa de família perto de Aix en Provence. Cézanne utilizou poucos modelos profissionais, preferindo sempre utilizar membros da sua família ou outras pessoas do seu ciclo de amigos.

"La Pie", Claude Monet (1840-1925), o fundador do Impressionismo, um dos mais influentes pintores de paisagens na história da arte


"Le Moulin de La Galette", Pierre-Auguste Renoir, óleo em Tela, 131 x 175 cm, é um moinho situado perto do topo do distrito de Montmartre, tendo sido esta área altamente retratada por outros varios artistas, tais como Henri de Toulouse-Lautrec, Ramon Casas, Vincent van Gogh e Pablo Picasso. Este moinho foi considerado museu desde 1939.


"L‘Arlésienne", Vincent van Gogh, retrato de Madame Ginoux, foi o título de seis quadros deste artista.


"Le Cirque", 1891, óleo sobre Tela, 1891 cm x 150 cm, obra de Georges Seurat. Este é sem duvida o trabalho de Seurat de estilo mais barroco. A tela inacabada é composto de circulos, espiráis e elipses. Seurat gostava de novelas dos Irmãos Goncourt, e aqui neste quadro dá uma cisão do circo "Frères Zemgano".

"La Mère de Whistler", James Abbott Neill Whistler, pintor americano, 1834-1903, pintura a óleo de 1871, 144.3 x 156.5cm

"The Wheel of Fortune", Sir Edward Burne-Jones 1833-1898, quadro de 1875 a 1883, Tela a óleo, pintor Inglês, designer e ilustrador, nasceu em Birmincham. Treinado por Dante Gabriel Rossetti Pre-Rafael, movimento que queria restaurar a arte a sua forma mais pura, estilização, inspirado por art e quadros mediavais ( temas bíblicos, e sempre marcado pelo estilo romantizado)

" L`Âge Mur", A Idade Madura 1902, Camille Claudel 1902, fantástica escultura desta artísta que foi amante e aprendiz que Rodin. Camille Claudel deixou a sua família pelo amor de Rodin, ela trabalho varios anos ao serviço do seu mestre e mantendo-se á custa de suas próprias criações. Inflelizmente esta história não teve um fim feliz, acabando Camille a ser internada num manicómio onde este internada mais de 30 anos onde morreu. Representa uma alegoria ao Homem deixando a sua juventude e sendo carregado pela "Morte", "Homem" que se encontra em cima da "onda da vida". Este trabalho por vezes pode ser visto como autobiográfico, representando o triângulo em que o homem é Rodin, a jovem mulher implorando de forma humilhante de joelhos é Camille, e a mulher mais velha é Rose Beuret, representando com este cenário a separação de Claudel com Rodin.


"Hercules Killing the Birds of LAke Stymphalis" 1909, estátua em broze de Emile Antoine Bourdelle 1861-1929, Escultor expressionista de nacionalidade Francesa, alem desta existem mais 2 destas obras muito semelhantes, uma no Metropolitan Museum of New York e outra em Los Angeles. Auguste Rodin tornou-se um grande admirador do seu trabalho e em 1983 tornou-se em seu assistente.

"Walking man", August Rodin 1900



Vicent Van Gogh no Museu Orsay:

"Procura compreender o que dizem os artistas nas suas obras-primas, os mestres séries.Aí está Deus"

Van Gogh


Vincent van Gogh, Setembro de 1889, óleo em tela, 50.5x74 cm ( sendo esta a 3ºversão; A 1º versão Quarto em Arles encontra no Museu van Gogh em Amesterdão, 2º versão encontra-se no Instituto de Artes de Chicago ). Quadro Impressionista holandês, sendo esta uma das obras mais conhecidas do mundo. Este retrata o quarto que o artista alugou na "casa amarela", na cidade de Ales, na França, país onde trabalhou durante quase toda a sua existência. Pintou a obra mais de duas vezes, cerca de um ano depois, enquanto estava internado no hosício de Saint-Rémy-de-Provence. A 3 versão que é a deste museu, difere do original pelo uso de tons mais azuis que o original, redução de ênfase das fendas no assoalho, bem como diferenlas em dois porta-retratos nas paredes.
“Noon: Rest from Work (After Millet)” 1889-90, Musee d’Orsay, Paris

" A Igreja de Auvers", Vicent van Gogh 1890, óleo em tela, 74 x 94 cm

Resultou também em um grande quadro da igreja da aldeia, no qual aparece o edifício violeta, em frente a um céu liso, azul profundo de puro colorido; os vitrais em cor são como manchas de ultramarino, o telhado é violeta e en parte laranja. No primeiro plano algo de verde viçoso e areia em tom rosa batida pelo sol. è quase como os estudos que fiz em Nuenen da velha torre e cemitério, só que a cor agora é mais expressiva e rica" ......Vicente van Gogh

A Igreja de Auvers retratada nesta obra, foi terminada em 5 de junho de 1890. Depois de Van gogh deixa o hospital de SAint-Rémy-de-Provence em 16 de maio de 1890, abandona o sul da França e dirige-se ao norte. Faz uma visita ao irmão Theo van Gogh em París e depois ruma a Auvers-sur-Oise, a conselho de seu amigo Camille Pissarro, a fim de tratar-se com um médico e pintor amador Paul Gachet. Em auvers van Gogh, passou as suas últimas dez semanas de vida e onde produziu intensamente.


Auto-retrato, pintado no outono de 1887 em Paris





"The Italian Women", óleo sobre Tela, 81 x 60 cm; Retrata Agostina Segatori



Vicent Van Gogh nasceu em 30 de Março de 1853, em Grootzundest, Holanda, e faleceu em 27 de julho de 1890, na França. A guinada na sua vida 1880, abandonou suas buscas religiosas e devotou-se exclusivamente a pintar os mineiros de Borinage, na Bélgica. Théo, seu irmão, passou a sustentá-lo, tendo essa situação se mantido até o fim da sua vida. Após a morte de seu pai em Março, Van Gogh continou com seu trabalho e, no início da primaver pintou sua famosa tela, The Potato Eaters (1885) que se encontra no Museu Van Gogh em Amesterdão. Em 1886 foi a Paris para encontrar-se com Théo que estava trabalhando numa gaeria de arte em Montmatre. Seu irmão apresentou-o aos impressionistas: Monet, Renoir, Pissarro, Degas e Seurat. Nesse mesmo ano veio a conhecer Gauguin.


" Vessels, Basket and Fruit", óleo em tela, Cezanne

Cezanne


Cezanne

Cezanne


Cezanne

"Peasant Women", óleo sobre Tela 66 x 92.5 cm, Paul Gauguin

"Roses under the Trees", 1905, óleo sobre tela 110 x 110 cm, Gustav Klimt



Charles Guilloux (1866-1946), "Twilight", 1892, Oil on canvas - 32 x 46 cm

É um dos pintores de paisagens menos conhecidos do estilo do simbolismo



Informações Uteis:

O Museu fica aberto: 9:30 ás 18:00h

Às 5º Feiras de 9:30 ás 21:45h e fechado ás 2º Feiras

Bilhete, 7.50 Euros, grátis para indivíduos com menos de 18 anos

" 107 Cores e 5 Pínceis"

Pintura a Óleo e Spray, 50x130 Maio de 2009
(CLICAR NAS FOTOS PARA AUMENTAR)

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