sábado, 19 de julho de 2008

Diretório de Arte (Julho)


Giacomo Balla (Julho 18, 1871 - 1 de Março, 1958) Pintor Italiano
Movimento Futurista



A TÉCNICA DA REPETIÇÃO

Vida
Giacomo Balla nasceu em Turim, na Itália, em 1871. Em 1910 declarou publicamente sua filiação ao movimento futurista do qual se afastou em 1931. Morre no ano de 1958, em Itália.

Obra
O pintor italiano durante a sua obra tentou endeusar os novos avanços científicos e técnicos por meio de representações totalmente desnaturalizadas, sem chegar a uma total abstracção. Mesmo assim, mostrou grande preocupação com o dinamismo das formas, com a situação da luz e a integração do espectro cromático. A sua formação académica restringiu-se a um curso nocturno de desenho, de dois meses de duração, na Academia Albertina de Turim, sua cidade natal. Em 1895 o pintor mudou-se para Roma, onde apresentou regularmente suas primeiras obras em todas as exposições da Sociedade dos Amadores e Cultores das Belas-Artes.Cinco anos mais tarde, fez uma viagem a Paris, onde entrou em contacto com a obra dos impressionistas e neo-impressionistas e participou em várias exposições. Na volta a Roma, conheceu Marinetti, Boccioni e Severini. Um ano mais tarde, junta-se a eles para assinar o Manifesto Técnico da Pintura Futurista.Preocupado, como seus companheiros, em encontrar uma maneira de visualizar as teorias do movimento, apresentou em 1912 seu primeiro quadro futurista intitulado Cão na Coleira ou Cão Atrelado.Dissolvido o movimento, Balla retornou às suas pinturas realistas e voltou-se para a escultura e a cenografia. Embora em princípio Balla continuasse influenciado pelos divisionistas, não demorou a encontrar uma maneira de se ajustar à nova linguagem do movimento a que pertencia. Um recurso dos mais originais que ele usou para representar o dinamismo foi a simultaneidade, ou desintegração das formas, numa repetição quase infinita, que permitia ao observador captar de uma só vez todas as sequências do movimento.


Velo di vedova paesaggio Corazzata vedova(1919)

Óleo sobre Tela, 105 x 110 cm, Mart, VAF - Stiftung, Rovereto

Giacomo Balla, Pessimismo e Optimismo, 1923 Oil on Canvas
Giacomo Balla.Abstract Speed and Sound, 1913-14.ÓleoA velocidade,conseqüência da moderna tecnologia, é expressa na pintura pelo dinamismo da forma.
É um dos elementos característicos desse estilo. O
artista deseja dar forma plástica à velocidade em um espaço bidimensional.
Procura
expressar o movimento real, registrando a velocidade descrita pelas figuras no espaço.

O pintor futurista não está interessado em recriar a imagem de um automóvel, mas captar em forma plástica a velocidade, o movimento.Essa é a preocupação estética do futurismo.Sua origem está na Itália no manifesto programático de Marinetti, promulgado em 1909, em publicação do “Le Figaro”.“…um automóvel rugente, que parece correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia”.
O artista só vê
beleza quando associada à luta. Nenhuma obra desprovida de caráter agressivo pode ser uma obra prima.”

O grupo futurista italiano em Paris.Da esquerda para a direita: Carrà, Russolo, Marinetti, Boccioni e Severini


Aderem a esse movimento:Carlos Carrá (1881-1966)
Giacomo Balla (1871-1958), turinês

Giacomo Balla.The Hand of the Violinist, 1912. Óleo.
Gino Severini (1883-1966)

Gino Severini. Cannon in action, 1915.
Umberto Boccioni (1882-1916)



Umberto Boccioni. Charge of the lancers, 1915. Têmpera e colagem sobre papel cartão


O que distinguirá o movimento do corpo no espaço, em composições cubistas e analíticas daquelas do Futurismo, é que no Cubismo o movimento simultâneo da figura é registrado em planos estáticos.A figura é vista em vários ângulos, sempre em repouso .E, no Futurismo, a figura, o movimento da mesma e o deslocamento no espaço são projetados na composição.

O futurismo é um movimento artístico e literário, que surgiu oficialmente em 20 de Fevereiro de 1909 com a publicação do Manifesto Futurista, pelo poeta italiano Filippo Marinetti, no jornal francês Le Figaro. Embora tenha começado como um movimento de reforma literária, em breve o futurismo expandiu-se e abarcou outras disciplinas, à medida que jovens artistas italianos respondiam com entusiasmo a seu chamado às armas.
O movimento, a velocidade, a vida moderna, a violência, as máquinas e a quebra com a arte do passado eram as principais metas do futurismo.
Foi elaborado um primeiro “Manifesto dos pintores futuristas”, datado de 11 de Fevereiro de 1910 e logo surgiu um segundo, em 11 de Abril de 1910, intitulado “Pintura futurista: manifesto técnico”, no qual os artistas se declaravam “os primitivos de uma nova sensibilidade, completamente transformada”, e apresentavam ideias mais concretas sobre como realizar essa nova sensibilidade: O gesto que reproduziríamos na tela já não será mais um momento fixo no dinamismo universal. Será simplesmente a própria sensação dinâmica. Nesse manifesto constava ainda que:
«Deve ser feita uma limpeza radical em todos os temas gastos e mofados a fim de se expressar o vórtice da vida moderna - uma vida de aço, febre, orgulho e velocidade vertiginosa.»
Os artistas futuristas deparavam-se com o sério problema de representar a velocidade em objectos parados e as soluções apresentadas foram a representação de seres humanos ou animais com múltiplos membros dispostos radialmente e em movimento triangular.
Embora, tentassem se distanciar dos cubistas, os futuristas tiveram um débito para com eles. Numa época em que o cubismo era muito pouco conhecido fora de Paris, usaram as formas geométricas e os planos de intersecção cubistas, em combinação com cores complementares. Num certo sentido, puseram o cubismo em movimento.

1 comentário:

Anónimo disse...

Joven de buen gusto.